Sei que não tenho vindo muito aqui escrever, mas tenho escrito muito em minha mente. E o tema é sempre você e em como seus olhos me encaram, em como suas mordidas me machucam e me fazem um bem ao mesmo tempo. Faço prosas e poesias sobre como você me agarra quando me beija com força e me aperta toda contra você. O modo como você ri pra mim e mostra aquele sorriso cafajeste, que me faz rir de nervoso, me deixa sem saber o que fazer. Todos os dias escrevo romances inteiros, apenas sobre você e eu, em como tudo seria bom se acabasse bem. Algumas dessas histórias eu passo pro papel, outras eu simplesmente apago da minha mente, com medo delas me fazerem sonhar mais com você e ambos sabemos que isso pode ser um perigo. Mas todo os dias eu escrevo para você, sejam elas cartas, poesias, histórias ou bobagens, todos os dias você está na minha mente, pronto pra ser o protagonista mais uma vez.
Nem sei quanto tempo fiquei lá. Até hoje, não sei nem dizer se esse tempo todo passei dormindo ou sonhando acordada. Tudo acontecia lentamente e eu ainda não sabia dizer se era real. Meus movimentos milimetricamente projetados, robóticos, repetitivos me levavam a lugar nenhum. Meus pensamentos estavam lá, mas nada parecia tomar forma ou muito menos fazer sentido, aqui fora. Aquela sensação de que eu estava me vendo dormir, fora do meu corpo, me acompanhava 24 horas por dia. Eu não sentia nada, não fazia nada. Eu só estava ali, inerte, habitando um corpo vivo sem vida.
Comentários
Postar um comentário