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Mostrando postagens de fevereiro, 2013

Delírio

Me ame! Deseje meu corpo como eu desejo o teu. Abraça meu calor quando eu te chamar, não me rejeite. Deleite do meu sabor, que ele seja o teu predileto. Se lambuze da minha paixão, coma sem nenhuma educação. Não quero escrúpulos. Quero beijos ardentes, corpo no corpo e sexo gritante. Quero deixar em você a minha marca, te mostrar a sedução em toda a minha loucura.

Jumanji

Na vida de todos nós existe o certo e o errado. O certo é tudo aquilo que nos completa, que nos faz feliz da maneira mais simples e correta, enquanto o errado é tudo aquilo que nós dá medo, incertezas, acelera o coração e nos dá adrenalina. Depois de tantos errados, tantos choros, machucados e cicatrizes, eu encontrei o certo. Mas assim como os tambores de Jumanji, algo errado me chamava. A cada ''tum, tum'' eu tremia. Meu errado agora tinha um nome: você. Além de nome tinha também rosto, aquele sorriso torto e cafajeste, aqueles olhos que me prendiam. Quanto mais perto você chegava, mais alto os tambores tocavam, e dentro de mim vinha o medo daquele barulho tomar conta do meu ser, de cair no abismo do escuro dos seus olhos. Você me chamava pra jogar mais uma partida e eu simplesmente adiava, esperando nunca dar game over, não conseguia entender, eu tinha tudo, tudo do mais certo e ainda assim o errado vinha atrás de mim. O mais estranho é que mesmo acertando, eu queria

Espera

Cansei das esperas. Cansei do tempo perdido. Não há nada que eu posso fazer enquanto você não fizer nada. Não quero ser aquela garota perto do telefone esperando uma ligação ou uma mensagem. Não quero ser aquela garota ansiosa, esperando por um movimento. Não reclame se eu ficar quieta no meu canto. O tempo que eu me calo é aquele que eu te espero. Não adianta vir me cobrar nada, me pague primeiro que eu te darei na mesma moeda. Teu silêncio me incomoda, me faz querer gritar aos quatro cantos do universo. Quero risadas e conversas descontraídas. Só quero papo, lero-lero, falatório, qualquer coisa!

Guerra

Cada dia que acordo possuo novos cortes e cicatrizes pelo meu corpo. São as batalhas que enfrento no dia a dia, as guerras que travo contra mim mesma em meus sonhos. Todas as noites visto meu uniforme e vou pro campo de batalha, mas quando chego lá, me sinto nua. Despida de tudo o que eu tenho dentro de mim, enfrento meus medos de peito aberto, vivo as situações mais temidas pelo meu coração e ao acordar em minha cama, não sei se estou suada pelo calor do dia ou do momento. Acordo sempre cansada por travar mais uma batalha essa noite. E na noite seguinte. As coisas na minha mente não se encaixam e na hora de dormir, tudo vem a tona. Me arranho, me arranco um pedaço e todas as manhãs ficam cicatrizes dos meus mais diversos medos que nunca me deixaram.

Canção.

Você me pede sinceridade, palavras francas. Mas eu só quero fugir. Sendo sincera então: eu quero fugir com você. Mas do que me adiantam a clareza das palavras se dentro de mim existem borrões das mais diversas cores? Será que você consegue desvendar minha aquarela e, como em uma caixa de lápis de cor, arrumar minhas tonalidades? Sou como um rádio, me sintonize! Mas na sua estação favorita e por favor, não mude mais. Não sei se quero ficar sempre tocando a mesma música, mas agora eu me sinto como quando eu gosto tanto de uma canção que quero ouvi-la até enjoar e decorar a letra, assim, de meus lábios sairão aqueles versos tão simples que me lembram você, aquela canção que é feita de você. 

Medo

Tudo o que consegui sentir aquela noite foi medo. Não sei o porque e nem como, mas medo foi tudo que me veio. Tudo o que conseguiu sair de mim foram gritos e lágrimas em vão. Ninguém ouviu, ninguém viu o travesseiro molhado. Tudo que eu precisava era força e não o medo, mas ele tomou conta de mim, derrotou a força e tomou conta do meu corpo, dos meus pensamentos. E o pior foi que ele ainda não deixou meu corpo. Fiquei em choque a noite toda e de manhã, longe de todos os olhares e de todas as pessoas, tranquei a porta do meu banheiro e liguei o chuveiro. Deixei a água correr meu corpo como se tentasse lavar a alma, como se fosse apagar tudo o que havia em minha mente. Mas nada foi embora. Cada vez que eu fechava os olhos voltava tudo à tona e cenas se repetiam na minha mente. Chorei como nunca chorei em minha vida naquele momento, mas dessa vez nem as lágrimas lavaram a minha alma. Eu tinha em mim um segredo horrível que não queria guardar, queria contar pra alguém na tentativa de que s

Descobrimento

Eu nunca fui uma criança igual às outras, sempre me achei meio diferente das meninas que me cercavam. Elas queriam brincar de boneca e eu queria correr, pular e me sujar. Na escola, eu pegava em insetos e jogava bola com os meninos. Não era muito bem aceita pelas meninas populares, e sim pelos outros rejeitados como eu e os garotos. E eu cresci assim, achando que eu tinha que para me enturmar eu tinha que ser como elas. E eu já estava errada em pensar que eu tinha que me enturmar com alguém e que ser como as outras pessoas. Elas tinham que gostar de mim como eu sou. Eu tentei ser como elas, criança, menina ingênua, eu tentei me adequar. Me vestia como elas, brincava com elas de barbie, usava maquiagem, bijouterias e pintava a unha. Mas eu não conseguia me adequar. Enquanto elas estavam pintando a unha de rosa, eu queria pintar de roxo, azul, preto com bolinha verde. Enquanto elas usavam roupas de marca e com coisas fofinhas, eu usava roupas com caveiras e escuras e não adiantava, eu nã