Toda noite de insônia eu penso em te escrever. Colocar no papel tudo aquilo que eu sinto, o que tem dentro de mim. Mas há um bloqueio em mim. Na verdade, o que me bloqueia é você. Não saberia o que esperar de sua reação e meu medo maior é te afastar de mim. Não porque gosto de você, não é nada especial também. Mas como uma vez você me disse: ''prefiro você no meu dia a dia, do que ausente dele''. Então é isso que te digo, não só prefiro como eu te quero no meu dia a dia.
Nem sei quanto tempo fiquei lá. Até hoje, não sei nem dizer se esse tempo todo passei dormindo ou sonhando acordada. Tudo acontecia lentamente e eu ainda não sabia dizer se era real. Meus movimentos milimetricamente projetados, robóticos, repetitivos me levavam a lugar nenhum. Meus pensamentos estavam lá, mas nada parecia tomar forma ou muito menos fazer sentido, aqui fora. Aquela sensação de que eu estava me vendo dormir, fora do meu corpo, me acompanhava 24 horas por dia. Eu não sentia nada, não fazia nada. Eu só estava ali, inerte, habitando um corpo vivo sem vida.
Comentários
Postar um comentário