Ela havia partido dessa pra melhor, teve a pior morte possível: morreu de alma e coração partidos. Não havia mais o sorriso manhoso de criança ou olhos cor de mel brilhando. O coração ainda batia, de fato, mas era aquele batimento fraco, desacelerado. Ainda se conseguia ver que ela respirava lentamente, mas não havia mais os suspiros, as paradas momentâneas de quando ela o via sorrir. Era apenas um corpo. Vivo, porém morto. Não havia mais a essência, os sonhos, desejos. Não era mais como viver um dia após o outro, era uma vida onde o dia nunca acabava, as horas passavam se arrastando e aquele momento nunca chegava. Ela não estava mais ali, no meio de nós. Ela partiu e se partiu.
Ele a assassinou e nunca voltou para enterrar o corpo frio e com vida da moça. Não haviam testemunhas, apenas os dois. Um crime que não se resolveu. Com dois culpados. Duas vítimas. Apenas o crime.
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