Cutuca. Curte. Like. Segue. Espia. Manda um charme. O celular não para de tremer com cada notificação tediosa de gente tentando ao máximo ser o que você procura, ao mesmo tempo que não quer se envolver com você. Transas casuais, encontros às cegas, papos tão frios que chego a me sentir como em Arandelle. Vemos e somos vistos como carnes enfileiradas em um supermercado, tentando parecer mais apetitosos em alguns caracteres e 5 fotos. Pedimos o instagram para checar o catálogo, e descartamos pessoas sem nem sabermos se são interessantes de fato.
Admito que já conheci pessoas interessantes pelo tinder. Admito que já entrei em furadas pelo tinder. Mas hoje, mais do que nunca, percebo a falta que um brilho no olhar faz, um sorriso desconhecido, um frio na barriga para se aproximar. Percebo o quanto a tela do celular nos chama mais atenção do que o mundo à nossa volta e em como nos deparamos com gente do dia a dia em aplicativos de encontros e nos achamos babacas depois de percebermos que a pessoa estava ali aquele tempo todo.
Então faz o seguinte, abaixa esse celular. Busca um olhar perdido. E desarma um sorriso.
Admito que já conheci pessoas interessantes pelo tinder. Admito que já entrei em furadas pelo tinder. Mas hoje, mais do que nunca, percebo a falta que um brilho no olhar faz, um sorriso desconhecido, um frio na barriga para se aproximar. Percebo o quanto a tela do celular nos chama mais atenção do que o mundo à nossa volta e em como nos deparamos com gente do dia a dia em aplicativos de encontros e nos achamos babacas depois de percebermos que a pessoa estava ali aquele tempo todo.
Então faz o seguinte, abaixa esse celular. Busca um olhar perdido. E desarma um sorriso.
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