Talvez era isso, ele deu à ela um gostinho de um novo amor, um amor simples, puro e que combinava em todos os sentidos. Os dois não se completavam, de forma alguma, já estavam completos, mas eles se complementavam. Um era a continuação do outro. O que veio para os dois era intenso demais, não sei se era amor, se era paixão, atração, mas veio como um fogo. A chama não se apagou, mas a vela derreteu e agora, o fogo não tem onde se manter. Ele insistiu em apagar a chama, assoprou e ela ficou no escuro, no frio, na presença de todos os seus monstros e demônios pessoais. E agora?
Nunca li "50 Tons de Cinza", mas sei bem do que se trata: a paixão da mulher moderna em um cara que a domina por força, poder e sexo. Milhares de mulheres que leram o livro suspiram loucamente ao ouvir o nome ''Christian Grey". Eu confesso pra vocês: tenho meu próprio Sr. Grey, que usa dos maiores artifícios para me controlar. Não há tapas, socos, chicotes, nada disso... Ele tem em suas mãos a mais poderosa arma contra mim, e assim me controla com tudo o que sinto por ele, e eu, serva dos meus sentimentos, me submeto ao que for, apenas para fazê-lo feliz. Acho que na vida todos somos e temos um Christian Grey, só que ninguém percebe isso. Fantasiamos com histórias de alguém perfeito, rico e poderoso que nos dominará apenas com um olhar e enquanto imaginamos isso, estamos de mãos e pés atados, sendo reféns da coisa mais poderosa que existe: os sentimentos.
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