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Mostrando postagens de dezembro, 2013

Saudade

Ah, a saudade... Ela não foi feita pra poesia, pra canção, pra história ou pra aquele romance da sessão da tarde. Saudade foi feita pra doer. Socar seu estômago e te fazer vomitar as tripas. Te deixar de olho roxo. A cada momento que você olhar pra trás, um golpe diferente. A cada lágrima derramada, um nocaute. A cada dia que você passa sangrando, derrubada dentro desse ringue, você analisa seu oponente, suas falhas, seus erros. E o gosto amargo dessa derrota vai virando uma doce lembrança. Apesar de apanhar, você percebe que cada luta perdida é uma vitória.  As feridas fecham. Os hematomas somem. A saudade se acomoda. Restam apenas cicatrizes. Que com o tempo se misturam com a cor da pele. E um dia, você vence. Um dia. Mas não agora. Por enquanto, a minha maior vitória, foram meus momentos com você. Por isso ainda apanho.  

Nada

Preciso cuspir essas palavras, esses sentimentos. Não é conto, não é poesia, não é merda nenhuma. É dor, sofrimento, silêncio. Era paixão. Sinto sua falta. Sinto a sua falta todos os dias aqui do meu lado. Não existe nenhum momento em que eu não te imagine aqui, ou um momento em que eu não me lembro de você. Não existe um sabor que eu experimente que não venha à minha mente se você também não iria gostar daquilo. E é assim que eu levo a minha vida. Um dia após o outro recheado de sentimento que você não pode ver e eu não posso sentir. Me dói sentir. Me dói você não estar aqui. E tudo o que eu queria era você comigo novamente. Tivemos erros, mas nossos acertos superaram tudo. A força que eu tenho dentro de mim fala mais alto que tudo isso. E eu te amo. E eu te amo demais...

Crime

Ela havia partido dessa pra melhor, teve a pior morte possível: morreu de alma e coração partidos. Não havia mais o sorriso manhoso de criança ou olhos cor de mel brilhando. O coração ainda batia, de fato, mas era aquele batimento fraco, desacelerado. Ainda se conseguia ver que ela respirava lentamente, mas não havia mais os suspiros, as paradas momentâneas de quando ela o via sorrir. Era apenas um corpo. Vivo, porém morto. Não havia mais a essência, os sonhos, desejos. Não era mais como viver um dia após o outro, era uma vida onde o dia nunca acabava, as horas passavam se arrastando e aquele momento nunca chegava. Ela não estava mais ali, no meio de nós. Ela partiu e se partiu.  Ele a assassinou e nunca voltou para enterrar o corpo frio e com vida da moça. Não haviam testemunhas, apenas os dois. Um crime que não se resolveu. Com dois culpados. Duas vítimas. Apenas o crime.