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Mostrando postagens de fevereiro, 2014

Quanto tempo a gente tem?

Ontem na aula enquanto eu passava a limpo a matéria, eu deixei cair poeira de borracha no meu colo, e ao limpar, fiquei 5 minutos tentando tirar uma poeirinha que não saía de modo algum da minha perna, até notar que aquilo era um pinta. Ri sozinha pela minha cegueira e imbecilidade, e constatei que nunca havia notado que eu tinha aquela marca. Isso me fez pensar em como o tempo nos deixa marcas que nem reparamos e que o tempo cura as feridas sim, mas deixa as cicatrizes para manter a lembrança. Quem sabe quando aquela pinta surgiu na minha perna? Será que foi em um verão quando partiram meu coração ou em um verão calmo que fiquei em casa brincando no quintal? Cada arranhão, pinta, ruga, linha e pelo do seu corpo conta uma história, talvez um parágrafo ou um capítulo inteiro da nossa vida, e nos mostra em como o tempo passa e a gente nem vê. Ontem eu tinha 15 anos, uma festa de debutante, aparelho nos dentes, dois namoradinhos e milhares de sonhos. Hoje eu tenho 21 anos, trabalho, conta

Redenção

Virei a chave calmamente para entrar em casa como fazia todas as noites, a casa estava silenciosa e escura, como sempre. Ao acender a luz, deparei com um par de olhos me encarando, apontando uma arma pra mim bem em minha cabeça. O frio do cano e a sua pressão fazia um turbilhão de pensamentos explodirem por minha mente, quase como se a bala já tivesse me atravessado. Meus miolos estavam mais embolados do que nunca, mas estavam ainda dentro de mim. Nem prestava mais atenção em nada à minha volta, só conseguia pensar na minha vida, naquela velha história de que quando estamos perto da morte, um filme de nosso passado que corre diante dos nossos olhos. E pensava como cheguei ali, aos 21 anos e me perguntava até o que havia acontecido com aquela garota risonha e despreocupada que eu era anos atrás, com menos problemas e preocupações, com as pernas mais machucadas do que o coração, afinal, cair no chão era melhor do que cair em paixão. Pensei em como eu podia ter evitado tanta coisa, como p