Ele não era o homem mais bonito de todos. Fumava feito uma chaminé, era irritante, cabeça dura e fazia as coisas sem pensar, me magoava e me tirava do sério muitas vezes. Mas naquela tarde ensolarada, eu parei pra observá-lo melhor, enquanto ele tocava seu violão na sala, com aquela cara pensativa que sempre fazia. Sua pele clara e lisa me atraía. Eu percorri todo seu corpo com os olhos, passei a mão em suas costas e senti um arrepio, o corpo dele me chamava. Seu corpo magro é desajeitado e engraçado. Seu cabelo enrolado estava grande, do jeito que eu gosto, ótimo para passar o dedo e ficar brincando com ele. Seu nariz enorme me dá vontade de morder e de dar petelecos fracos só pra irritar ele, como eu sempre gosto de fazer. Seus lábios também são enormes e me dão vontade de morder com paixão, enquanto ele me enlaça em seus braços magros, me faz carinho do jeito que só ele sabe fazer, que me enlouquece e me faz tremer. É, acho que eu amo esse garoto.
Minha própria loucura, minha válvula de escape.